Nem todos sabem, mas o Código de Ética Médica, estabelecido pelo Conselho Regional de Medicina, permite que um médico renuncie ao tratamento de um paciente, desde que respeite regras claras e éticas. Embora pareça surpreendente, essa renúncia pode beneficiar tanto o paciente quanto o profissional em longo prazo.
A situação é regulamentada pelo artigo 36 do Código de Ética Médica, que estabelece as condições para essa decisão. Um exemplo prático ocorreu em 2018, quando uma paciente, prestes a realizar uma cirurgia, demonstrava grande insegurança emocional e chorava continuamente em consultas. Mesmo sem justificativa clínica para seu medo, ela não sentia confiança no sucesso do procedimento.
Diante disso, o médico optou por encerrar o atendimento, algo permitido quando a relação médico-paciente está comprometida, e a confiança essencial não é alcançada.
A renúncia só pode ocorrer em circunstâncias específicas, respeitando condições como:
Mesmo em casos graves, a decisão de renúncia deve assegurar a continuidade do tratamento, evitando atrasos que possam complicar o diagnóstico ou agravar a situação clínica. Esse processo é fundamental para garantir que o paciente não volte ao ponto inicial, economizando tempo e recursos.
Seja pela falta de confiança do paciente, pela complexidade do caso que exige um especialista, ou pela deterioração da relação médico-paciente, o objetivo da renúncia é sempre priorizar o bem-estar e a eficácia do atendimento.
Converse com seu médico para esclarecer dúvidas e construir uma relação de confiança. Caso enfrente situações similares, entenda que a decisão está amparada na ética médica e pode trazer resultados positivos a longo prazo.